tag:blogger.com,1999:blog-379818842024-03-08T00:09:33.381-03:00Cinismo Cotidianonaná de castronaná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.comBlogger107125tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-72809049032532678122013-10-30T17:38:00.001-02:002013-10-30T17:38:15.960-02:00Silêncio<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3,"tn":"K"}"><span class="userContent">Silêncio é a resposta<br /> melhor<br /> real<br /> e final<br /> <span class="text_exposed_show"><br /> Que viver?<br /> o som é bom<br /> mas o silêncio é<br /> (...)</span></span></span></h5>
naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-76686040218343009022011-03-01T13:46:00.002-03:002011-03-01T13:50:12.017-03:00O poema e o poetaO poema se desprende do poeta como algo que não pertence, pois é universal<br />que não se dá, pois só se aprende por quem apreende seu sentido num todo global<br />em sua história<br />em sua prática<br />em suas idéias<br />mas principalmente no seu corpo<br />e o poeta também usa o poema pra aprender e apreender a idéia<br />o poeta só põe em palavras o que todo mundo guarda no estômago ou no coração<br />com medo<br />ou sem se dar conta<br />o poeta é só a primeira ponta da linha que, de ser circular, volta a ele no mesmo lugar<br />ou o como o oito deitado<br />o infinito cruzado, que não cessa de pulsar<br />o poema é aprender<br />de quem escreve ou de quem lênaná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-13909319048224440412011-02-09T17:57:00.002-02:002011-02-09T18:00:45.508-02:00De fundo e superfícieFundo......Superfície........Fundo<br />Superfície pra respirar<br />tomar a dose certa de ar<br />afundar na imensidão do meu ser<br />meu jeito de ser precisa de solidão<br />mas teme<br />foge<br />usa outro de muleta<br />pra que? se tenho papel e tenho caneta<br />e na água muleta afunda<br />como meu corpo vivo<br />que afunda....emerge.......afunda....emerge......<br />tenho que prolongar o meu arnaná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-38459869185202655982010-12-20T12:05:00.002-02:002010-12-20T12:08:06.904-02:00Lua CheiaSão Paulo me apresenta sua máscara de poluição<div>A lua cheia brilha ao fundo, apesar de tudo</div><div>as nuvens de fumaça não são capazes de ocultar as nuvens naturais quando a lua brilha assim</div><div>mas a máscara negra veste a brancura, a escondendo, quando o poema chega ao fim</div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-49210639243131413852010-11-10T17:11:00.003-02:002010-11-10T17:24:09.503-02:00DesdobrarNão faço parte de nada. Não de verdade.<div>Sinto que cada vez que tento ser parte, é porque não sou. Ah, que sensação de solidão que isso me dá! É fundamental respirar fundo e lembrar que é assim de qualquer forma. Independente de amigos. Independente de família. Independente de companheiro, filho, cachorro. Sou só.</div><div>Não consigo não me dividir em duas partes paradoxais quando sinto a plena consciência dessa minha verdade - um lado inseguro e outro lado alegre em ser desafiado. Como se tivesse guardado só pra si um segredo, impossível de ser compartilhado. Confiante por saber que é a partir daí que surge a única possibilidade de liberdade. Me desdobrar em outras pessoas, me relacionar, sempre deve vir depois disso. Sempre. </div><div>Mas às vezes não vem. E quando eu sinto outro ser dentro de mim fico confusa com a sensação! Sou eu? ou é outra pessoa? Ainda sou eu, ainda é parte de mim! Mas também é outra pessoa.</div><div>São 9 meses de intensa produção da massa mais incrível. E isso não me assusta, nem por um momento.</div><div><br /></div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-65637664867062639872010-09-23T14:51:00.003-03:002010-09-23T14:55:28.659-03:00Acordei com o pé em antigamente<div>Eu jogava o pára-mente mas nada de aterrissar em mim</div><div>só fiquei caindo, até o fim de onde eu vim</div><div>infinito é de onde sou</div><div>meus caminhos fluem até como estou</div><div>e essa manhã acordei e lembrei</div><div>foi muito pelo que passei</div><div>minha história se confunde com a humanidade</div><div>mas sou mulher</div><div>e ser mulher só sabe quem é</div><div>estou produzindo em mim outro ser que vai ser quem ele quiser</div><div>vou me dividir em duas</div><div>mas duas sempre fui </div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-71229161140656902552010-03-25T14:57:00.004-03:002010-03-28T19:09:50.336-03:00A Bolsa AmarelaUma coisa que eu adoro fazer é arrumar algo que eu não mexo há muito tempo.<div>Na casa da minha mãe despencou a prateleira de livros e nós duas fomos organizando o que ficaria e o que eu levaria pra minha casa ou pro sebo. Auto-ajuda, romances clássicos, psicografados, poesia... No meio estava um dos meus livros preferidos de quando era criança, mas que eu nem lembrava, A Bolsa Amarela, e sabe aquelas coisas que a gente guarda no fundo mas que nem sabe de onde vieram? Foi assim. </div><div>A Raquel é uma menina que gosta de brincadeiras de menino, quer crescer logo, escreve tudo que dá na telha e gosta da cor amarela. Será que eu fiquei igual a menina do livro por ter sido influenciada por ela, ou será que eu era tão igual a menina que gostei tanto desse jeito? Não importa, reli e chorei. Que nem criança.</div><div>Brigada, Lygia Bojunga.</div><div><br /></div><div><br /></div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-14861558603382558952010-03-19T14:22:00.000-03:002010-03-19T14:24:27.358-03:00Futuro<div style="text-align: center;">Será que o futuro chega pra quem fica esperando por ele?</div><div style="text-align: center;">ainda não encontrei alguém que já estivesse no futuro </div><div style="text-align: center;">- e chego a desconfiar de sua existência, talvez seja algum tipo de resistência, quem sabe -</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">"Tal pessoa tem futuro". Que azar!</div><div style="text-align: center;">Como se futuro fosse algo que se possa ganhar ou ir a loja comprar. Acho esquisito.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Como é difícil ser-estar! Verbo de conjugação simples e ação complexa, de tão simples. </div><div style="text-align: center;">Pro meu gosto, prefiro olhar no espelho meu rosto repleto de tudo que vivi e perceber meu ser:</div><div style="text-align: center;">é um presente estar completa e ainda assim ter tanto pra preencher.</div><div style="text-align: center;">Não olho minha vida de fora, nem quando tento.</div><div style="text-align: center;">Acho que sou parecida com o trem, que não distingue começo ou fim do trilho, ou então como o vento.</div><div style="text-align: center;">O tempo é algo que se come lento.</div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-69057192295218715902010-03-15T22:00:00.003-03:002010-03-15T22:30:23.323-03:00abandonos e Da Paz (Marcelino Freire)<div>Esse blog ainda é meu único meio de divulgar meus textos pela Internet, mas tá mais abandonado do que já esteve em qualquer época. Isso não significa que estou escrevendo pouco, mas que estou usando pouco a Internet. De qualquer forma, como ele ainda tem bastante texto por ser um blog antigo, fica por aí.</div><div>Hoje posto uma poesia (que não é bem poesia) fresquinha e mais embaixo um texto sensacional do Marcelino Freire, que me lembrei por acasos.</div><div><br /></div><div>Não existe unicidade sem multiplicidade</div><div>não existe verdade universal</div><div>meu universo</div><div>é quarto-escuro-lápis-caneta-flauta</div><div>nada mais me faz falta</div><div>mas quero mais</div><div><br /></div><div>a partir de mim conheço tudo em volta</div><div>minha vida, minhas idéias </div><div>estão no caminho da reviravolta</div><div>dos padrões, das normas</div><div>dentro de mim, e a minha volta</div><div>não estou sozinha, nem estou com os outros</div><div>é um paradoxo que exista essa separação</div><div>a complexidade do indivíduo é a complexidade da organização</div><div>não existe meio-termo</div><div>acontece tudo ao mesmo tempo</div><div><br /></div><div>uma idéia é algo frágil</div><div>uma ferramenta de descoberta e conscientização</div><div>não existe em si</div><div>não salva ninguém que não queira ser salvo</div><div>o autoboicote é muito mais forte</div><div>mas quando acontece a mágica de encaixar uma idéia em uma necessidade</div><div>aí então se descobre uma verdade</div><div>que à próxima mágica deve mudar</div><div>ou multiplicar</div><div>esse é meu segredo pra evoluir</div><div>e é só assim que a minha poesia pode fluir</div><br /><br /><div>----</div><div>DA PAZ - Marcelino Freire</div><div><br /></div><div><br />Eu não sou da paz.<br /><br />Não sou mesmo não. Não sou. Paz é coisa de rico. Não visto camiseta nenhuma, não, senhor. Não solto pomba nenhuma, não, senhor. Não venha me pedir para eu chorar mais. Secou. A paz é uma desgraça.<br /><br />Uma desgraça.<br /><br />Carregar essa rosa. Boba na mão. Nada a ver. Vou não. Não vou fazer essa cara. Chapada. Não vou rezar. Eu é que não vou tomar a praça. Nessa multidão. A paz não resolve nada. A paz marcha. Para aonde marcha? A paz fica bonita na televisão. Viu aquela atriz? No trio elétrico, aquele ator?<br /><br />Se quiser, vá você, diacho. Eu é que não vou. Atirar uma lágrima. A paz é muito organizada. Muito certinha, tadinha. A paz tem hora marcada. Vem governador participar. E prefeito. E senador. E até jogador. Vou não.<br /><br />Não vou.<br /><br />A paz é perda de tempo. E o tanto que eu tenho para fazer hoje. Arroz e feijão. Arroz e feijão. Sem contar a costura. Meu juízo não está bom. A paz me deixa doente. Sabe como é? Sem disposição. Sinto muito. Sinto. A paz não vai estragar o meu domingo.<br /><br />A paz nunca vem aqui, no pedaço. Reparou? Fica lá. Está vendo? Um bando de gente. Dentro dessa fila demente. A paz é muito chata. A paz é uma bosta. Não fede nem cheira. A paz parece brincadeira. A paz é coisa de criança. Tá uma coisa que eu não gosto: esperança. A paz é muito falsa. A paz é uma senhora. Que nunca olhou na minha cara. Sabe a madame? A paz não mora no meu tanque. A paz é muito branca. A paz é pálida. A paz precisa de sangue.<br /><br />Já disse. Não quero. Não vou a nenhum passeio. A nenhuma passeata. Não saio. Não movo uma palha. Nem morta. Nem que a paz venha aqui bater na minha porta. Eu não abro. Eu não deixo entrar. A paz está proibida. Proibida. A paz só aparece nessas horas. Em que a guerra é transferida. Viu? Agora é que a cidade se organiza. Para salvar a pele de quem? A minha é que não é. Rezar nesse inferno eu já rezo. Amém. Eu é que não vou acompanhar andor de ninguém. Não vou.<br /><br />Não vou.<br /><br />Sabe de uma coisa: eles que se lasquem. É. Eles que caminhem. A tarde inteira. Porque eu já cansei. Eu não tenho mais paciência. Não tenho. A paz parece que está rindo de mim. Reparou? Com todos os terços. Com todos os nervos. Dentes estridentes. Reparou? Vou fazer mais o quê, hein?<br /><br />Hein?<br /><br />Quem vai ressuscitar meu filho, o Joaquim? Eu é que não vou levar a foto do menino para ficar exibindo lá embaixo. Carregando na avenida a minha ferida. Marchar não vou, muito menos ao lado de polícia. Toda vez que vejo a foto do Joaquim, dá um nó. Uma saudade. Sabe? Uma dor na vista. Um cisco no peito. Sem fim. Uma dor. Dor. Dor. Dor.<br /><br />Dor.<br /><br />A minha vontade é sair gritando. Urrando. Soltando tiro. Juro. Meu Jesus! Matando todo mundo. É. Todo mundo. Eu matava, pode ter certeza. Todo mundo. Mas a paz é que é culpada. Sabe?<br /><br />A paz é que não deixa.<br /><br /></div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-45510155669259612002009-10-27T18:40:00.002-02:002009-10-27T18:51:07.664-02:00AcheiPerdi minha poesia<br />cadê? não consigo achar<br />aquela que nem dá tempo de escrever que já começo logo a pensar no que vem além<br />não controlo em reler<br />poesia não é assim<br />não pra mim<br />vai do coração pro sangue pra mão<br />não passa pela cabeça<br />não é limitada ao caderno<br />escorre pela mesa<br />lambuza minha mão<br />gruda no vão da minha unha<br />me liberta<br />me aprisiona<br />me aprisiona e então me liberta<br />processo de desavesso da sensação<br />não posso perder a emoção<br />poesia é descontrole<br />suor, transbordação<br />poesia é momento, não é alento<br />não se escreve com o gesto lento<br />nem a letra em boa condição<br />pra ler meu original tenho que forçar a visão<br />meu verso não é difícil<br />é precipício<br />é meu próprio hospício<br />é minha alma<br />se é que existe alma, essa é a minha<br />assim nunca estou sozinha<br />eu, eu mesma, minha poesia, minhas unhas sujas, minha mão melecada, minha alma lavada, minha cara de perplexa arregalada, minha descrença no mundo, em tudo, minha crença no mundo, em tudo<br />desconfio que nem tenho nada a dizer<br />cada um que viva o que tem que viver<br />escrevo até a exaustão<br />não tenho controle das palavras da minha mão<br />elas pulam no papel<br />dançam uma dança de celebração<br />estamos de volta!<br />estamos livres!<br />essa é a minha reviravolta<br />não sou linear<br />sou como sonhar<br />sem início, meio, fim<br />sou filme do david lynch<br />sou música de bandolim<br />sou amiga da confusão<br />aceito minha condição: sou assim<br />ninguém me salva, só a minha flauta<br />e aquele cara que não lembro o que escreveu pra mim<br />só salva o outro quem se salva<br />o mundo é justo<br />a cara é limpa<br />o mistério é... quando me acaba a tinta?naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-34770279936267713242009-10-07T13:12:00.002-03:002009-10-07T13:16:52.766-03:00JuízoJuízo. Seus cisos cutucavam o fundo de sua gengiva. As contas a pagar, final de mês, pilhas de louça suja.<br />Quem sabe um filho.<br />Quem sabe um livro.<br />Quem sabe fugir de mochila nas costas.<br />Não.<br />Aquela hora, a única que ela sabia lhe pertencer, o agora, era...da música.<br />Nada, nem casa, nem contas, nem dívidas, nem promessas, nem memórias, nem falta de memórias, nem projeções... Só uma flauta.<br />Era como ela queria levar a vida.<br />O juízo que cutucasse o fundo da gengiva, nem isso pararia o ar do pulmão saindo por chaves abertas ou fechadas do instrumento.<br />Era aquele o momento.naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-66983075336953907642009-08-25T15:33:00.002-03:002009-08-25T15:39:59.411-03:00Receita de que?200g de rebeldia<br />2 xícaras de coragem<br />150g de confiança<br />2 pitadas de desapego<br />amor a gosto<br /><br />Dissolva a confiança em dois copos de água morna e, em seguida, adicione a rebeldia. Reserve.<br />Bata a coragem no liquidificador, com o desapego e o amor, até formar um pasta consistente. Se precisar, mais amor para dar o ponto.<br />Cubra com a confiança e a rebeldia e sirva ainda morno, acompanhado de batatas soutè.<br />Rende duas porções.naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-44081786042712975622009-08-04T01:30:00.001-03:002009-08-04T01:33:50.471-03:00<div align="center">vivo extremos de emoção<br />lido com isso<br />pico<br />subterrâneo<br />não explico<br />escrevo<br />poesia não sabe de limite<br />poesia sabe... de quê?<br />Não sei. Sou poesia.<br />vivo em verso<br />vivo o inverso<br />não dá pra explicar meu caminho<br />o trajeto, de verdade, é sozinho<br /><br />minha vida não dá futuro<br />minha vida tem passado<br />quando olho, se olho<br />é pro passado, pro vivido<br />e com isso eu lido<br />mas não vivo de adivinha<br />querendo prever o que vem<br />prefiro olhar e ver<br />que o que se sente<br />é só presente</div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-54289160748287292332009-08-04T01:12:00.003-03:002009-08-04T01:18:35.293-03:00um infantilEra aquela coisa. Pipa, pião, rouba-bandeira, esconde-esconde, pega-ladrão.<br />Com o Sol se pondo, todas crianças pra dentro jantar. Pedrinho era o primeiro a rapar o prato e pedir repetição. João Vítor choramingava até o último grão e Robson brincava com o feijão. Marina só olhava e ria. Ela era a caçula dos quatro irmãos, e não sabia da sua vida sem aquela família. Gostava de fingir que eram piratas e exploravam o quintal, e que a casa na árvore era uma nave interplanetária. Um dia eles levariam todas crianças do bairro pra passear na lua, uma por uma. Maria tinha todos os planos desenhados e muito bem guardados em um envelope branco dentro de uma caixa azul, que ficava atrás da gaveta de meias dentro do armário do seu quarto.<br />Uma manhã de um domingo (o melhor dia de todos, junto com o sábado), todas as crianças acordaram se sentindo diferentes. Não era dor de barriga, nem piolho, nem xixi na cama, e nem tinha caído dente. A casa era a mesma, tudo estava arrumado na mesma bagunça de sempre e até seus pais dormiam um sono de domingo de manhã. Mas as crianças não estavam mais em seus corpos - acordaram todos presos em corpos de velhos.<br />Nada de subir na goiabeira, correr, plantar bananeira ou pular-mula. Estavam todos cansados e irritados por não poderem fazer nada, neca de brincadeira. Decidiram, então, que devia ter reunião na pracinha pra resolver a situação. Alguém havia de fazer alguma coisa, e foram chamadas todas as crianças do bairro que estivessem na mesma condição. Apareceram, além da Marina e seus irmãos, a Maria Bia, o Tião, o André, a Melina, a Cecília e o Luisão. Atrasados, chegaram a Virgínia e o Matheus, reclamando que aqueles corpos lerdos não eram seus. Não era mole ser criança em corpo de velho, não!<br />A primeira idéia foi perguntar a um adulto o que fazer. Decidiram que não, que era um problema de criança e criança que teria de achar a solução. Nada de misturar pai, mãe, professor, padre ou doutor. A Melina então sugeriu que perguntassem pro tarô. O André logo protestou - Esse tal de Tarô é por acaso seu jeito de chamar seu tataravô? Já dissemos que nada de adulto, quanto mais adulto velho! Já bastam nossos corpos, esse mistério.<br />Mas a Marina, que era muito sabida, falou logo que não era nada disso, que ele deixasse de ser rabugento e esperasse a Melina, que por sorte morava perto da pracinha e logo buscou o tal de tarô. Era um baralho cheio de figuras estranhas, e a criançada logo misturou tudo de curiosidade. A Melina ficou triste e disse que assim não dava pra ela ler não, que precisava concentração. Depois de todos quietos, ela fechou os olhos e perguntou ao tarô - Poderoso tarô, que faremos pra voltarmos logo aos nossos corpos? O tarô respondeu com uma figura de um velho segurando um cajado iluminado. Ninguém entendeu o recado.<br />As crianças estavam divididas. Tião achava que era culpa de muita lição. Pedrinho sugeria que deviam tomar uma sopa de legumes que resolveria o caso, Maria Bia era do time que queria procurar uma fonte da juventude e Matheus achava que se dormissem lhes voltaria a saúde. Mas foi Robson quem teve a idéia genial - Gente, o que queremos é voltar a nossos corpos de criança, não é? Então vamos brincar.<br />Todos logo gemeram que não conseguiam brincar de nada naqueles corpos velhos. Robson retrucou - Vamos brincar que somos velhos, então. E foi daí que apareceu a solução.<br />As crianças brincaram o dia inteiro que eram velhos. A Cecília buscou o baralho pra jogarem buraco. Luisão improvisou com o bingo do seu avô, e Pedrinho e João Vítor só ficaram no dominó. Quando estavam dançando em pares, num baile com vitrola e tudo, as mães chamaram almoçar. Esquecendo da condição, correram e foi a mesma coisa de sempre. Pedrinho foi o primeiro a rapar o prato e pedir repetição. João Vítor choramingou até o último grão e Robson brincou com o feijão. Marina então percebeu que tinham voltado aos seus corpos e, feliz, agradeceu. Afinal, nada como viver num corpo que é todinho seu.naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-14774226160874136612009-05-15T19:06:00.002-03:002009-05-15T19:13:32.344-03:00Estou branca - vivo agora a página inteiraQuando eu era criança me disseram muitas coisas.<br />Que boa educação é não arrotar. Que nesse mundo a gente tem muito é que trabalhar. Que no escuro tem o mesmo que no claro. Que papai-noel existe pra quem acredita. Que a Xuxa não existe se não existir paquita.<br />O principal que me ensinaram de normal é "se você não gosta tanto de falar, pode escrever".<br />Disso nunca vou esquecer.<br />Depois vieram o caos, a calma, o palco, minha alma, meu corpo, eu-corpo...E ganhei formação, pouco antes da minha formatura. Depois deformei, reformei, e agora estou assim. Sou, por pouco. Há muito de mim em mim, tanto que às vezes quase explodo, e explodo. Junto cada pedacinho, olho um a um, com carinho: Sou isso. Ou: não sou mais isso.<br />E então mastigo, mastigo, engulo, e absorvo só o que ainda me presta.<br />Excreto tudo que de mais resta.<br />Vivo agora a página inteira. Não me servem mais os fragmentos, esses pedaços de muitas coisas que descubro aos poucos que são. Não me servem porque já desavessei de tudo um pouco. Até fazer o mesmo comigo e descobrir o meu eu-ao-contrário. De ponta-cabeça tudo parece normal pros meus olhos aviciados.<br />Já nem me lembro de tudo que fiz, os sonhos agora cumprem esse papel. Minha mente, minha memória estão livres pra lembrar o que quer que eu venha a viver. Estou branca. Estou branca porque já tenho muito em mim.naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-26523043732080951972009-04-24T11:25:00.002-03:002009-04-24T11:31:39.583-03:00Ensaio sobre a CegueiraDiz-se que os cegos rejeitaram a adaptação pro cinema do livro do Saramago. Disseram ser, o filme do Fernando Meirelles, uma obra agressiva, que propõe os cegos como bárbaros, e que isso não é a realidade. Não gostaram mesmo.<br />O diretor, por sua vez, respondeu que como podem eles dizerem isso? nem viram o filme.naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-79708638229363677052009-03-11T15:56:00.002-03:002009-03-11T16:07:01.199-03:00Divulgando o 11º TeSo em SP<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnVHfThAqsibpVhN75hEDqY4jP1Vyfj0c2IcHUrTEPZVAof24ITiMHoELTiZM9K7vR67db5Nrd7PNYO1UdJoEZ2PIkPezhYq_71d7KmOMa3ZYl4sN8HfIUUBtAphdvKOD95E3t/s1600-h/cartaz_Te&SO_11.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5312007882296590066" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnVHfThAqsibpVhN75hEDqY4jP1Vyfj0c2IcHUrTEPZVAof24ITiMHoELTiZM9K7vR67db5Nrd7PNYO1UdJoEZ2PIkPezhYq_71d7KmOMa3ZYl4sN8HfIUUBtAphdvKOD95E3t/s320/cartaz_Te&SO_11.jpg" border="0" /></a><br /><div>somaterapia, capoeira angola, anarquia, bioenergética, gestalterapia, antipsiquiatria, pedagogia libertária, ecologia... Logo vem a programação de abril, e o grupo 5 de SP tá se formando. </div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-78182822353309449892009-03-05T18:29:00.004-03:002009-03-05T18:33:04.289-03:00não esquecer de lembrarquando as coisas estiverem difíceis, não esquecer de lembrar<br />que se não fosse esse desejo de aqui agora<br />essa teimosia por uma vida de alegria<br />se não me transbordasse amor<br />se me faltasse coragem<br />se eu não achasse incoerência com os sentidos bobagem<br />eu teria um futuro brilhantenaná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-75058377065754094682009-02-20T17:31:00.001-03:002009-08-04T01:34:40.492-03:00<div align="right">...curso, pra mim, só o do rio.</div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-90789687889100125612009-02-18T10:56:00.002-03:002009-02-18T11:09:20.370-03:00Universos ParalelosO dia estava rico de personalidades.<br /><br />A garota que vendia e roubava livros ficava entre a curiosidade pelo que era gostoso e a curiosidade pelo que era desgostoso, analisando cada fato com cuidado e pretensão de escritora que era.<br />Tinha a personalidade do garoto popular e cheio de experiência, a personalidade do cara meia-idade que ainda vive com a mãe, da garota estudante cheia de energia boa, e do velho rabugento que só aceita conversar com quem fala a mesma língua que ele: a dos universos paralelos. Eles todos já sabem de tudo.<br />Quando, depois de o velho insistir em perguntar se a garota sabia da 4ª dimensão, se ela ao menos acreditava na 5ª dimensão, sem nenhum tipo de explicação a respeito do que isso queria dizer pra ele, a garota respondeu que as dimensões ainda não haviam lhe feito nenhuma jura pra que ela acreditasse ou desconfiasse. O velho se fechou em sua arrogância de velho e pediu que a garota não lhe tomasse por arrogante.<br /><br />Ela aprendeu nonsense sem ler Beckett.naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-7479266656488037042009-02-05T11:41:00.004-02:002009-02-05T11:48:37.370-02:00El camino se hace al caminar<div align="justify">Qualquer coisa é um entre um milhão de caminhos. Portanto, um guerreiro deve sempre manter em mente que um caminho é apenas um caminho; se achar que não deve segui-lo, não deve permanecer nele em nenhuma circunstância. Sua decisão de permanecer no caminho ou abandona-lo deve estar livre de medo ou ambição. Ele deve olhar cada caminho, de perto e deliberadamente. Há uma pergunta obrigatória que o guerreiro tem de fazer: esse caminho tem coração?</div><div align="justify">Todos os caminhos são iguais: não levam a lugar algum. Entretanto, um caminho sem coração nunca é agradável. Por outro lado, um caminho com coração é fácil - ele não faz um guerreiro se esforçar para gostar dele; ele torna a viagem alegre; e, enquanto um homem o seguir, é um só com ele.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Carlos Castaneda</div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-88225708054618771832009-01-30T15:18:00.002-02:002009-01-30T15:24:04.552-02:00<div align="center"><span style="font-family:georgia;">na dúvida<br />sigo à risca<br />há risco:</span></div><div align="center"><span style="font-family:georgia;">arrisco</span></div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-23486624483140404312008-12-28T13:12:00.002-02:002008-12-28T13:28:04.437-02:00Dez motivos para eu estar viva em 2009<em><span style="font-size:85%;">(parodiando o Caio, novo amigo de encontro e conexão inesperada - </span><a href="http://unzuhause77.blogspot.com/"><span style="font-size:85%;color:#000000;">unzuhause77.blogspot.com/</span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;">)</span></em><br /><em></em><br />1 - pelo cinema, que me desperta<br /><br />2 - pela música, que me relaxa<br /><br />3 - pelos dias que nascem azuis<br /><br />4 - pelas viagens, de todos os gêneros, números e graus<br /><br />5 - pela exploração de todos os recantos do meu corpo, da minha alma<br /><br />6 - pela exploração de todos os recantos dos corpos dos outros, das almas dos outros (ou até onde permitam que eu vá)<br /><br />7 - pela exploração de todos os recantos do mundo (ou até onde eu conseguir chegar)<br /><br />8 - pelos cafés pretos e pães na chapa na padaria, e pelos pequenos furtos, nos dias de pouco dinheiro<br /><br />9 - pelos encontros e conexões inesperadas<br /><br />10 - pela poesiananá de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-66069524008909488552008-12-25T17:21:00.003-02:002008-12-25T17:47:36.336-02:00Livre-arbítriocada poesia<br />abre e fecha o registro<br />o relógio de água da minha vida<br />que corre em contagem regressiva<br />máquina: um dia pifa<br />isso se eu não acabar com tudo antes.<br /><br />lentamente pego caderno e lápis<br />caneta não<br />a sensação só me transita<br />já não escrevo com rapidez<br />hoje minha avidez não é aflita<br /><br />ponho a cama nas costas<br />a cabeça nas nuvens<br />o corpo em mãos<br />e curto a sensação que não tem palavras<br /><br />não sou máquina não<br />sou vida, enquanto houver vida<br />sou descontrole<br />descabida<br />não caibo em mim<br />de tanto amor<br />de tanta dor<br />hora calma<br />hora aflita<br />explodindo em pequenos gozos de fogos de artifício<br />ao longe, sacrifício<br />de perto, suplício<br />por vida, mais vida, mais e mais vida<br /><br />logo caminho, o meu pra mim<br />o teu pra ti, o dele pra ele<br />vida, até a morte<br />escolho a escolha<br />junto com a sorte<br />conheço meu destino nos olhos dos outros<br />mas sou como poucos<br />só aceito meus karmas<br />munida das minhas armasnaná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37981884.post-18952346234852311212008-12-17T13:32:00.005-02:002008-12-17T23:25:20.644-02:00Realismo Fantástico<div align="center">Le Cuisinier</div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikqIU33EdGDbJZycW_kID6eeK6qpTWB9YkIUrHJxIGC_PAAF-AhE5Fjeahsgpyyu3eNvW30KGoszdUZYqcsMxLOEaTwYyo4xaatHhml2-CxZ1oDeaXakkVE0ifW0ZEuqdBjKh6/s1600-h/Le+cuisinier.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5280788172752398018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 251px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikqIU33EdGDbJZycW_kID6eeK6qpTWB9YkIUrHJxIGC_PAAF-AhE5Fjeahsgpyyu3eNvW30KGoszdUZYqcsMxLOEaTwYyo4xaatHhml2-CxZ1oDeaXakkVE0ifW0ZEuqdBjKh6/s320/Le+cuisinier.jpg" border="0" /></a>Bacchus <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuY7EjKDAXXaxgzny7tW4oE15vlIQyUFZcnR5dcdHm_SCHWWN5HeqG8x5lqVBJoucaBPspSTuH3tO1BoPpYjM2XOFEJ-fWPWXOHbQISg0bZx3yWEJhrNzlT3IVe_Od_U0p_mhI/s1600-h/Bacchus.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5280788170569105618" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 238px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuY7EjKDAXXaxgzny7tW4oE15vlIQyUFZcnR5dcdHm_SCHWWN5HeqG8x5lqVBJoucaBPspSTuH3tO1BoPpYjM2XOFEJ-fWPWXOHbQISg0bZx3yWEJhrNzlT3IVe_Od_U0p_mhI/s320/Bacchus.jpg" border="0" /></a><br />L'homme érotique<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvyKXMhYJXy4N6zi_4oyLIlVRy00ZOvVrvoQ_6Q5wnxduB9rX6onCPydeqN_EH_xWqwLNbquwjmQucHBXvrz50P_K_X_JzEj8XAYQzfKPlNaKSk3eNfywZSiW-hhiITVEiG79N/s1600-h/L'homme+%C3%A9rotique.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5280788166325296034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 236px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvyKXMhYJXy4N6zi_4oyLIlVRy00ZOvVrvoQ_6Q5wnxduB9rX6onCPydeqN_EH_xWqwLNbquwjmQucHBXvrz50P_K_X_JzEj8XAYQzfKPlNaKSk3eNfywZSiW-hhiITVEiG79N/s320/L'homme+%C3%A9rotique.jpg" border="0" /></a><br /><br />Le miroirs du temp<br /><div align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFUqLIUIOLrnneDQSzoWHVEbxoPqBW67aAPD06_rAZ4Aoa9zlyNos3olY0OpzYSFbev_EBiHjq1teOPob1Kw1dUR1LFtUA0RH2pSy31F8eHlVfTBJr_j41b3DfOcJOYja88oAi/s1600-h/Les+miroirs+du+temps.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5280788166134420258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 245px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFUqLIUIOLrnneDQSzoWHVEbxoPqBW67aAPD06_rAZ4Aoa9zlyNos3olY0OpzYSFbev_EBiHjq1teOPob1Kw1dUR1LFtUA0RH2pSy31F8eHlVfTBJr_j41b3DfOcJOYja88oAi/s320/Les+miroirs+du+temps.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>Transformando em livro os diários das minhas viagens, cheguei à parte de Paris e lembrei de um artista que eu e minha mãe vimos, extasiadas, numa galeria pequena de Montmartre. O nome dele é André Martins de Barros, e o trabalho dele me encanta. </div></div><br /></div>naná de castrohttp://www.blogger.com/profile/15611084878834565979noreply@blogger.com2