segunda-feira, maio 21, 2007

Mola

Desde que nasceu, sabia que era mola. Sim, mola, daquelas de contrair e...qual o contrário de contrair?
Bom, segundo o dicionário:
MOLA, s. f. Lâmina metálica com que se dá impulso ou resistência a qualquer peça; (fig.) tudo que concorre para um movimento ou para um fim.
Até aí, tudo bem. O problema era a tendência a contrair sempre, até não aguentar mais. Quando era mola-criança, teve problemas de estômago por se contrair por tempo demais e, por isso, nunca se soltar sem grandes prejuízos.
Quando mola-adolescente, começou a aprender a lidar com o relaxar; mas não muito, pouco. De repente, se depara com uma mola da qual não importa a idade e sim a falta de referência próxima ao que se tornou: uma mola que impulsionou além do esticado. Não é que não tenha referência de outras molas hiper-esticadas, veja bem, é que não sabe lidar com a inconstância de estados. E nem ao menos sabe em que estado quer ficar, pra buscar isso. Antes sabia, agora não mais. Não acha mais o tom e, talvez, isso seja exatamente a descoberta de quem é. Sim, talvez, mas é bem difícil se achar em si quando descobre-se que as referências já não importam. E ao mesmo tempo importam tanto, pelo costume.
"É o amor, não a morte, o contrário de vida."
Difícil nascer depois de morrer o amor de dentro tantas vezes, ainda mais quando não se é cristão...
E a frase recorrente de 2007: Só mais um ano, só mais um ano...
(agora só mais alguns meses..)

Um comentário:

Anônimo disse...

A mola é um sujeito ou um objeto? Age ou só reage?

Amola a mola e transforma ela em faca!

>;o)